GUERREIRAS MEDIEVAIS

Em pleno século 12, as mulheres – principalmente as aristocratas – estavam deixando o conforto e a segurança dos castelos para se aventurarem na mais masculina das atividades medievais: a guerra. Segundo relatos da época, tanto as carroças carregando artigos femininos quanto a presença das mulheres na marcha militar causavam espanto e indignação. Segundo os padrões sociais de então, elas estavam condicionadas a parir, orar e trabalhar. Qualquer outra atividade que fugisse dessa tríade não era bem vista.

Mas, apesar da relutância de seu esposo Luís VII, Leonor partiu para a Terra Santa. Mesmo com todo o preparo e a benção do papa, a cruzada não obteve o sucesso pretendido e, no retorno para a França, o casal real fez uma pequena parada em Roma para anular o casamento. Assim ocorreu, em 21 de março de 1152, pelo sínodo de Beaugengy. O rei ascético e a rainha temperamental, cujo espírito guerreiro era insubmisso, não podiam mais permanecer juntos.

Passadas seis semanas do divórcio, Leonor casou-se com Henrique II Plantageneta, rei da Inglaterra. Ela se aproveitou do fato de ser mãe de oito filhos e os insurgiu contra o pai, numa revolta de 1173. Novamente, a rainha tomou as armas para assegurar a herança de seus filhos.

O caso da rainha Leonor – que ficou conhecida como uma das mulheres mais belas, inteligentes, ricas e poderosas da Idade Média – não foi isolado. Muitas outras rainhas não tiveram seus feitos de guerra popularizados como os da governante francesa. Entre elas podemos citar Isabel de Jerusalém, que foi rainha dessa cidade no século 13 e mãe de outras duas mulheres rainhas e também guerreiras: Sibila e Melisenda de Lusignan. A exemplo de Leonor, tomaram as armas e defenderam suas terras e posses contrariando assim os modelos medievais de comportamento feminino.

Fonte:Histórianet



sábado, 3 de julho de 2010 às 07:10

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